O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), evitou se pronunciar nesta quinta-feira (13) sobre a declaração machista do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) contra a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e não quis responder a um questionamento da imprensa sobre o caso. Minutos antes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que avalia “fortemente” entrar com representação contra o parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
Na quarta-feira (12), Gayer usou uma declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atacar a ministra e o deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ), companheiro de Gleisi, e ofendeu Motta e Alcolumbre em uma publicação no X (antigo Twitter). “E aí, Lindbergh Farias, vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]?? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe e você vai ficar calado??”, publicou o deputado do PL. Gayer publicou ainda uma foto de Gleisi e disse que Lula “declarou guerra contra o Congresso” ao escolher a nova ministra.
Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, Lula, ao se dirigir aos presidentes da Câmara e do Senado, disse que escolheu uma “mulher bonita” para a Secretaria de Relações Institucionais, para estabelecer uma nova relação com o Congresso. A declaração teve repercussão negativa nas redes e entre políticos.
Motta foi questionado pela reportagem sobre a publicação do deputado do PL depois de participar de um evento em São Paulo, mas o presidente da Câmara apenas sorriu e foi embora sem responder.
Gayer afirmou nesta quinta-feira pelo X que não praticou ato ilícito contra qualquer pessoa e disse que teria “exercido tão somente o direito à liberdade de expressão, guiado pelo senso de Justiça”, com a ofensa machista.
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Fonte: Valor