Talvez você não tenha reparado, mas uma certa camiseta viralizada tem conquistado o guarda-roupa de celebridades, fashionistas e ativistas no mundo todo. Com a frase “Protect the Dolls” estampada, a peça virou um fenômeno nas redes sociais e um verdadeiro símbolo de apoio à comunidade trans. Mas essa camiseta é muito mais do que um hit. Por trás dessa slogan tee, existe uma mensagem poderosa, um gesto político e uma causa urgente.
Criada pelo estilista norte-americano Conner Ives, conhecido por mesclar sustentabilidade e estética nostálgica inspirada no início dos anos 2000, a camiseta surgiu a partir de uma conversa com a atriz e ativista Tommy Dorfman. Conner buscava uma forma de expressar, através da moda, a sua solidariedade com a comunidade trans em um momento de crescente tensão política e social. “Dolls” é uma gíria afetuosa usada por mulheres trans entre si — uma forma de reconhecimento e carinho dentro da comunidade. Assim, “Protect the Dolls” não é apenas uma frase bonita: é um chamado à proteção, à empatia e ao respeito.

Foto: Conner Ives (Reprodução)
Lançada de forma independente na loja online do estilista, a camiseta viralizada esgotou em minutos. E não demorou para que ela aparecesse em algumas das figuras mais influentes da cultura pop atual.
Hari Nef, atriz e modelo trans, foi uma das primeiras a usá-la, seguida de Cara Delevingne, Julia Fox, Pedro Pascal e outras personalidades que abraçaram a mensagem da peça. Mais recentemente, durante o Coachella 2025, o cantor Troye Sivan subiu ao palco com Charli XCX usando a peça, chamando ainda mais atenção para a mensagem.
Mais do que uma roupa, a t-shirt se transformou em uma bandeira.

Foto: Troye Sivan (Reprodução/Instagram)
Parte do lucro da venda das camisetas é doado para instituições que atuam diretamente no apoio a pessoas trans, como a Solutions Not Punishment Collaborative (SNaPCo), uma organização baseada em Atlanta que luta contra a criminalização e marginalização de pessoas negras e trans. A iniciativa reforça que moda e ativismo podem — e devem — andar juntos.

Foto: Pedro Pascal (Reprodução/Instagram)
A popularidade da “Protect the Dolls” cresce em um contexto, no mínimo, preocupante. Nos Estados Unidos, logo no início do novo mandato de Donald Trump, o acesso de pessoas trans a direitos básicos — como o uso de banheiros, a participação em esportes e os tratamentos de afirmação de gênero — começou a ser restringido por meio de novas legislações, entre outras violências políticas. No Reino Unido, o debate sobre identidade de gênero também tem sido marcado por retrocessos e discursos de ódio.
Diante dessa realidade absurda, vestir a “Protect the Dolls” é uma forma de se mostrar atenta, como alguém que se importa e que se posiciona. É usar a moda como linguagem e o estilo como resistência.

Foto: Camiseta “Protect The Dolls” (Conner Ives)
E Conner Ives, ao lançar essa peça, provou, mais uma vez, que a moda pode ser mais do que uma micro tendência que varre as redes sociais e vira desejo. Ela pode ser relevante e transformadora ao mesmo tempo.
Se você também acredita que proteger vidas trans é essencial, talvez seja hora de vestir essa ideia — literalmente.
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Fonte: Steal the Look